terça-feira, 3 de agosto de 2010

Oásis


Na escuridão as lágrimas correm por minha face.

Mesmo amanhecendo ela não me deixa.

São demônios há me perseguir;

são meus medos me diluindo.


Olho o reflexo no espelho

e a amigavel semelhança,

ela me diz, sobre os gritos aflitos

e os fantasmas da minha mente.


Retornando a mesma estrada

seguindo imagens perdidas

esses caminhos ainda não me levam a nada


São demônios há me perseguir,

e as lágrimas correm por meu rosto.

Eles não viram nos salvar.

Não existe quem possa fazer

a tristeza ir embora.


Na escuridão não há quem possa.

Enquanto continuam a cair,

sempre seguindo o inexplicável.

São meus medos me diluindo.



domingo, 1 de agosto de 2010

Primaveras



Deveria ser animada e radiante, tão igual a qualquer outra vida.
Nas fronteiras entre os estreitos dos anos há uma incansável busca pelo alto conhecimento.
As barricadas armadas prontas para as emboscadas do consciente, nos levam ao perigoso mundo das atitudes pré-fabricadas, onde deixamos a meiguice dos cordeiros e nos apegamos a voracidade
dos lobos .
Nada atraente é a realidade particularmente comum, onde os anos da juventude nos deixam e em seu lugar restam nossas rugas, que tentamos esconder com pinceladas de tinta.
Deixamos que um infortúnio de incertezas nos guiem por terras soturnas, embora saibamos aonde iremos chegar não paramos, mesmo que a dor seja intensa, não conseguimos nos livrar dos mesmos anseios e o medo.
O medo perpétuo de não ter chegado, embora muitas vezes não saibamos realmente o que buscamos.
As primaveras enfim vão se acumulando em nós, nos deixando mais atentos.
Já não encontramos mais tempo de admirar o obvio.
Estamos em guerra contra nós mesmos todo o tempo, nos tornando cansados e sós em nossos pensamentos.