terça-feira, 23 de novembro de 2010

Cinzas


Mais uma vez, e de novo e de novo...
Tudo tornou-se cinza, e o devaneio tomou o lugar da verdade...
Dissabores sim, não há tragédia maior que a dúvida.
E infinitamente o pranto, esse que tortura os olhos...
A tarde cai em uma enxurrada de um castanho sufocante, e não há esconderijo.
E o medo transgride o bom senso, a verdade escorre como fel entre os lábios, e sente-se que o fim está próximo...

domingo, 14 de novembro de 2010

Mais ou Menos



Mais vives e menos sabes
Mais gastas e menos tens.
Mais ou menos, estás aqui.
Na lista também (tu)...
Quem sabe se saíra, a tua sorte.
Quem sabe!
Mais ou menos humanidade
Mais ou menos liberdade.
Que voa, e que não
Que queria...e não pode
Mais ou menos sinceros
Futuros robôs
Não! Mentir-se, não!
Ferir-se, não! Trair-se, não!
Se podes, descobre que, o teu mal,
está dentro de você
Se pudesse chamar amor,
a raiva, que tenho dentro de mim
Pudesse recomeçar,
recomeçaria com você
Recomeçamos!
Recomeçamos!
Tenho uma alma a mais
Mais verdadeira, de mais...
Se fica comigo,
tornarei de ser um rei!
Recomeçamos!
Não! Parar, não!
Fugir, não!
Perder-se, não!
Se ocultássemos os sentimentos,
seria noite, e depois...
Planetas apagados
Estrelas cadentes, nós!
Faça que não seja assim!
Composição de Renato Zero ( original em Italiano: Più o Meno)

Olhos


Aqueles olhos, que me vigiam a cada passo que eu dou
extremamente confusos...
Me embaralham o pensamento, me atormentam.
Olhos de conduta, que me impedem de voar.
Me deixam aprisionada no meu ser.
Olhos que me perseguem em qualquer lugar.

Denso


Rarefeito...
Consumindo a esmo, de maneira esplêndida.
Fantasias relevantes, embebidas em cinismo.
É rarefeito e denso, ânimos exaltados.
Separam-se em lados, e nos olhos a tristeza.
É quando o cansaço chega e a desesperança invade a alma.
E perdemos tempo em recordações de promessas que nunca serão cumpridas...
Lembrando e lembrando, e sumindo, e perdendo muito e muito tempo.
Falamos com nós mesmos dia após dia, que devemos prosseguir...
insistindo no erro de estar, e não ter ou ser.
Aventurar-se é um risco, deixar o ser fluir é tentador.
E nostalgicamente a magia se esvai ...