segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Discernimento







Hoje me senti como um "ET". Sim; digo um "ET" pelo simples fato de ser atual e presente na vida da minha família.
De agir com minhas filhas da maneira que acho que todo pai e toda mãe, deve ser o mais verdadeiro possível com seus filhos.
O acontecido deu-se quando o filho de uma amiga e vizinha, que é amiguinho de minhas filhas; relatou que em uma conversa com um coleguinha da escola, soltou a pérola que as crianças nascem pela bunda de suas mães. Sim, exatamente assim, pela "bunda".
Imediatamente perguntei se ele queria saber como realmente nasce uma criança. A resposta foi óbvia. Sim.
Mostrei então para ele um vídeo que meu marido baixou no youtube de um parto normal sendo realizado, o mesmo vídeo que mostrei as minhas filhas.
Ele não ficou mas surpreso do que devia, nem menos enojado; pois realmente é nojento.
De fato o que constatei, é realmente as crianças tem uma facilidade maior de compreender a verdade dos fatos, do que os adultos.
Até porque; minha amiga não aceitou bem o fato de ser um vídeo extremamente educativo.
É incrível como ainda hoje, a verdade sobre a sexualidade ainda seja um tabu.
Então dizem há mim, que a televisão ensina tudo. Realmente a tv ensina tudo; (tudo errado).
Hoje vivemos em meio ao violento aumento da falta de bom senso.
Onde a falta de coragem de falar com nossos filhos o que é real ou não, nos leva aos terríveis dados estatísticos. Cresce a mortalidade, cresce a violência, cresce a pedofilia, e a ignorância também.
Depois de me desculpar, e desejar boa noite a todos, vim escrever está postagem.
Nós não nascemos de cegonhas, nem de sementes plantadas no chão, ou pela bunda.
É fato real, que o esperma do homem fecunda o óvulo da mulher, que gera dentro de nove meses um novo ser, vida ou criança.
dizer a verdade não é tão difícil quanto parece, basta abrir nossa mente para o que de fato é bom.
A verdade é simples como a água, as vezes nociva como o fogo e sincera como o vento.
E meu dever como cidadã e mãe, é dizer a verdade.
fotografia: Leandro Mendes

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Navios


E de repente deu-se a tempestade
na memória guarda o doce pensamento,
O horizonte guarda o céu refletido n'água
e no olhar tímido essa esperança que é alimento.
Na face escorre o sal breve de uma lágrima,
e a brisa trás a lembrança dos dias de aconchego.
Na embarcação foi-se o sentimento.
E o coração amoroso grita em desespero.
É atirando-se ao mar que vem o alívio verdadeiro.
Desaparecendo no manto azul com seu adeus.

Verdades

As pessoas falam demais, pensam de menos e não ouvem nada... Nunca.

As vezes pedimos respostas há quem não tem conhecimento nem pra si.
Várias vezes buscamos o incompreensível.
As vezes queremos amor de quem só quer prazer.
Mesmo sentindo dor, caminhamos em direção ao êxito.
Somos fortalezas feitas de carne e osso, falíveis na nossa eterna humanidade...

sábado, 4 de setembro de 2010

Ameaçador


A tua face de certo é minha calma,
e inauguras no meu corpo o teu espaço.
Sua aproximação tão doce e incerta
que embriaga toda a minha vaidade,
me deixando a mercê de tua vontade.
Tão explícita é a espera pela breve madrugada,
transformando o caos nas linhas dos teus lábios.
E o meu ventre sente-se em pressa,
oferecendo-lhe abrigo e cuidado.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O querer mais


Nada basta, nem objeto, nem sentimento, nem palavra
Nada basta, nem o certo ou o errado
ou o forte; ou o fraco
Nada cessa o humano querer mais... nada
A vitória programada depois da luta vivida,
A experiência das horas, sem a sabedoria das páginas

Nada vem desacompanhado de alegria ou de tristeza,
Nem a fome de um prato vazio; ou da satisfação de uma mesa cheia

Nada é o bastante, nem a morada, nem a paz, nem as pessoas
Nem o " eu te amo" inesperado.
Ou as lágrimas de emoção e gozo.
Nem o beijo de boa noite, ou o dormir abraçados.
Há sempre algo mais para se ver, conquistar, amar, cuidar e perder.
Assim somos todos nós.
Um infinito querer.